O Asa Branca viveu um dia muito especial na sexta-feira, dia 05 de julho de 2013. Estivemos participando do ato/aula que levou muita gente ao Parque 13 de Maio para discutir democracia, resistência, luta e transformação.
Levamos às ruas, através da fala de nossa querida professora, orientadora e coordenadora do grupo, Marília, uma fala inquietante, que questiona a solução criminalizadora e propõe uma saída pela liberdade. A liberdade que entoa o voo da Asa Branca, que orienta o nosso grupo e que ontem se sentiu muitíssimo à vontade no Parque 13 de Maio, um espaço de resistência democrático, no centro de uma Recife tão aprisionada em suas contradições, desigualdades e mazelas que se estampam nos rostos dos meninos e meninas de rua que perambulam pelo Parque...
Marília |
Mas ontem a fala era de esperança; a fala era de encontros. Encontros que somam forças e constroem sonhos. Encontros que se materializaram na chegada de Cristhóvão, nosso coração mais inquieto; no encontro com Diego, nosso coração mais manso e feroz, no encontro com o querido Roberto Efrem, que há muitos vinha querendo conhecer Marília, e vice-versa (essa parceria é muito subversiva!). Enfim, no encontro com todas e todos aqueles que estão bravamente protagonizando os atos e protestos nos últimos anos e que, nas últimas semanas, têm sido fortes e corajosos na resistência a uma repressão completamente sem graça e covarde, que ontem não conseguiu chegar nem perto de onde estávamos.
Encontros: Carol, Cristhóvão, Beto, Manu, Diego, Spencer, Marília, Ítalo e todo mundo |
Não poderíamos, por fim, deixar de parabenizar o Centro Popular de Direitos Humanos (CPDH), centro com tantos amigos e amigas, que na travessia difícil da advocacia popular, estão concretizando noites como essas, em que somos Outros, nos Outros, com Outros...
Um flagrante |
"Não agënto ser apenas um sujeito
que abre portas
que puxa válvulas, que olha o relógio,
que compra pão às 6 horas da tarde,
que vai lá fora, que aponta lápis,
que vê uva etc etc
Perdoai
Mas eu preciso ser Outros.
Eu penso renovar o homem usando
borboletas"
Manoel de Barros
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